Ação, Tempo e Conhecimento.

Terceira lição, das dez lições fundamentais segundo a Escola Austríaca de Economia

Nesse post darei sequência na explicação da terceira lição de dez, consideradas fundamentais perante os ensinamentos da Escola Austríaca de Economia.

Comecemos pela palavra “Ação”. Como você definiria a palavra ação?

Se procurarmos o significado da palavra em um dicionário temos:

 Ato ou efeito de agir; ato, feito.

No caso da Economia, podemos definir ação como:

“Qualquer ato executado voluntariamente com o objetivo de aumentar a satisfação de quem o executa”

Imagine que somos agentes de diferentes interesses e meios: Sejamos consumidores, produtores, investidores, poupadores, exportadores, importadores e etc.

Todos agimos, e fazemos por necessidades e vontades diversas. Toda essas ações se dão por alguma escolha e normalmente esperamos obter fins satisfatórios para essas escolhas. Ninguém as faz/age pensando em piorar o atual cenário.

Exemplo: Alguém que abriu mão de ter um imóvel próprio para morar de aluguel e investir o dinheiro ganho na venda do imóvel. Essa ação tomada, foi pensada visando obter vantagens em seu fim.

Nesse exemplo acima o agente pesou e repesou seus meios e fins para realizar tal ação. Considerou seu atual momento, suas valorações e decidiu que o melhor para si seria morar de aluguel e rentabilizar o dinheiro da venda do imóvel.

Obviamente é importante salientar que posteriormente a cada decisão em nossas vidas podemos nos deparar com o arrependimento total ou parcial de tal ação tomada.

Novamente pegando o exemplo do imóvel próprio sabemos que a rentabilidade de uma aplicação bem pensada e bem sucedida pode ser melhor que assumir uma parcela de um imóvel financiado na maioria dos cenários.

Mas não podemos deixar de lembrar que ter um imóvel próprio nos traz a confiança de termos um canto nosso ao final de um dia difícil ou um dia feliz que seja. Segurança essa que morar de aluguel nunca nos dará pois a qualquer momento podemos ser solicitados para desocupar tal imóvel.

Como vivemos em um mundo de incertezas em todos os campos da vida e não temos controle absoluto do amanhã, nosso conhecimento de fatores como um todo, não são suficientes para garantir o “acerto” em nossas ações. Esses fatores são distribuídos desigualmente entre os agentes e esses por sua vez o utilizam para fazer escolhas, cada um em seu momento.

A economia do mundo real, pode ser definida então como o conjunto de todas as ações – compras, vendas, empréstimos, decisões de produções, de investimentos, de quando e quanto poupar ou não e etc. -, realizadas sob a forma de transações econômicas, que envolvam escolhas entre os agentes.

Essas escolhas não são e nunca serão fixas no tempo. Hoje o agente se interessa por música eletrônica, amanhã pode preferir música clássica e um ano depois optar pelo Rock.

Na economia estamos o tempo todo ao longo de nossas vidas definindo valores para bens e serviços e essas escolhas mudam constantemente.

Definimos aqui então o segundo ponto da lição que: A passagem do tempo tem grande influência em nossas decisões ou seja a economia depende de uma ação e essa ação sofre mudanças constantes que dependem do tempo em que acontecem.

Refazendo a definição de economia chegamos a conclusão parcial que:

A economia do mundo real então é o conjunto de todas as ações – compras, vendas, empréstimos, decisões de produções, de investimentos, de quando e quanto poupar ou não e etc. -, realizadas sob a forma de transações econômicas, que envolvam escolhas entre os agentes “Ao Longo do Tempo”.

Ok, mas e o conhecimento? Onde entra nessa terceira lição?

O conhecimento como dito nas explicações acima são fundamentais para tomadas de decisão, mas eles são distribuídos de forma diferente entre os agentes e ainda que fossem distribuídos igualmente, ou seja, todos tivessem as mesmas informações e conhecimento, teríamos decisões diferentes, pois somos seres racionais e temos individualidades e gostos diferentes. Cada um utilizaria seus recursos e dinheiro com meios e fins diferentes com toda certeza.

Isso nos leva a concluir mais uma vez com essa terceira lição que considerando a ação dos agentes o tempo e o conhecimento de cada um, fica impossível estabelecer que no campo da economia e até da vida humana que, apenas modelos matemáticos e números seriam capaz de definir o que é economia na visão da Escola Austríaca.

A Matemática aplicada a economia, não conseguirá explicar porque você escolheu comprar um disco dos Beatles ao invés de um álbum de música clássica por exemplo.

Após entender um pouco mais a influência de Ação, Tempo e Conhecimento na economia, concluímos que:

A economia do mundo real então é o conjunto de todas as ações – compras, vendas, empréstimos, decisões de produções, de investimentos, de quando e quanto poupar ou não e etc. -, realizadas sob a forma de transações econômicas, que envolvam escolhas entre os agentes ao longo do tempo, realizadas em ambiente de incertezas genuínas

Espero nesse post ter esclarecido um pouco mais o que é Economia de fato.

Lembrando que tais definições, seguem a filosofia da escola austríaca de economia.

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Até o próximo post!

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